quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Foi por pouco...

Junho de 2010. Londres. Chelsea. Dia solarengo. Era sexta-feira, por volta das 18h. Ela e ele estavam à porta do estádio de Stamford Bridge. Não se via ninguém. "Ora bolas, querem ver que está tudo fechado e já não dá para ir visitar. Tanto tempo para chegar aqui e agora até a loja do estádio já fechou", diz ela. Ao lado do estádio estavam dois hotéis  "Millennium & Copthornes at Chelsea Football Club Hotel" onde estavam alojados jogadores de ténis devido ao torneio de Wimbledon que se ia realizar nos próximos dias... havia um outro hotel colado ao estádio. Ele lembra-se que ali perto há-de existir um hotel português e trata de perguntar aos seguranças que por lá rondavam, ou melhor, ele num "portinglês" e ela completava. Até que ele decide ter dor de barriga. "Mas não consegues aguentar?". "Não consigo". "Mas agora queres ir onde, está tudo fechado?". "Vou ali ao hotel". E foi. Já ela ficou com o segurança. Conversa puxa conversa sobre o tal hotel português (um do Grupo Pestana), eis que o segurança diz "Tenho um colega que é português talvez ele saiba, por isso podes subir (à casa dos seguranças e perguntar-lhe)". Assim foi, ela sobe as escadas de uma pequena casa branca que servia de serventia ao estádio dos campeões. E ele no toilette do hotel. O segurança português veio ao encontro e lá começaram a falar. "O hotel Pestana Chelsea Bridge, é em Chelsea mas ainda é longe daqui". Saímos da casa dos seguranças e fomos para a rua. Ele na toilette. "Então e a loja já fechou". "Sim, mesmo agora às 18h. Sabe pensei que você fosse tenista, é parecida com as tenistas. Agora vai haver o torneio de Wimbledon e muitos tenistas ficam neste hotel, pensei que também viesse ficar". "Por acaso jogo ténis mas não é neste torneio... por acaso está cá o presidente russo?". "Sim, deve estar a sair entretanto". "E as visitas ao estádio já terminaram?". "Sim, também já encerraram, era até às 18h, mas se vocês quiserem visitar eu até vos faço uma visita guiada mas tem de ser já". Entretanto já tinham passado 15 minutos. Raios da dor de barriga. Ela liga-lhe. "Então onde estás?". "Estou ainda aqui, tenho uma grande dor de barriga". "Logo agora, que coisa bonita, estou aqui com o segurança Paulo, diz que o Abramovich vai sair agora e que nos faz uma visita ao estádio mas tem de ser já já". "Não consigo ir já, que dor de barriga". "Olhe Sr. Paulo, ele está com dor de barriga, vamos ter de esperar um pouco". Ele riu-se. Enquanto ele não chegava, ela conversava com o segurança...bem simpático e atencioso... inevitável não falar de José Mourinho. Ele chega. "Desculpem, estava mesmo aflito" (como se já conhecesse o segurança). Em segundos já eram os melhores amigos. "Agora já não vão ver o russo, já saiu!". Ora bolas, maldita dor de barriga. Restou-nos a visita ao estádio, bem acompanhados e com explicações de quem viveu e vive com as personalidades daquela casa emblemática. Não deixámos de fazer a visita ao estádio com um sorriso gigante mas aquela do russo sair e ele na toilette. Que má altura para se ter dor de barriga! 
As melhoras!

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