segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fim de semana very british!!!

Em véspera de Valentine's day nada melhor que passar o fim-de-semana em terras de príncipes e princesas, onde reinam histórias próprias destas personagens, repletas de sonhos, magia, a tragédia e drama que lhe são conhecidos, mas que mesmo assim nos transportam para um mundo cheio de encanto.
Estive em Londres. Já lá tinha estado, faz um ano. Desta vez fui conhecer o menos corriqueiro. Gosto desta cidade, ruas que apesar de escuras estão limpas, rede de transportes fácil, a leitura acompanha as pessoas nos transportes, ninguém se conhece mas a receptividade é muita. Parecem não existir preconceitos. Desde um pacífico hippie ao obscuro do gótico, do vanguardismo do travesti ao requinte do chique, do desalinho do desarrumado à perfeição do arranjadinho, do sem-abrigo à estrela de cinema ou futebol, todos são bem recebidos, todos acabam por se sentir iguais. Creio que isso é uma das grandes características dessa cidade, o não preconceito. É terra de toda a gente, de um misto de culturas apesar de vigorarem os valores dos ingleses. É o contraste da soberania da rainha ao não preconceito do povo. Gosto de ver as pessoas na rua com cappuccino ou um latte na mão, gosto das bandas a tocar na rua, gosto das montras, gosto das mensagens no metro, gosto dos táxis, gosto do Harrods, gosto de passar à frente de bons hóteis e sonhar que hei-de lá ficar, gosto de andar nas ruelas e tirar fotos a tudo e todos, gosto do entretenimento na rua, gosto dos musicais, gosto de ruas coloridas e agitadas e gosto da tranquilidade dos parques, gosto do jantar cedo pois permite-nos ter tempo para fazer ainda muita coisa, gosto de ver os miúdos londrinos bem educados... 
Os londrinos são frios mas educados. Num dos autocarros londrino, encarnado, de segundo andar, estava um casal idoso. Eles achavam graça às raparigas que iam sentadas. Perguntaram de onde eram. "Somos de Portugal, estamos de passagem". Disseram-nos que viviam perto do Harrods. Tão educados. Ele muito bem posto, gravata escura, sobretudo, luvas... ela também. Achei que caracterizavam muito bem  cidade.

Outra cena que adorei, numa visita a Covent Garden (onde foi filmado o My Fair Lady). Uma praceta rodeada por pequenas lojas de souvenirs. Praceta essa repleta de mesas e cadeiras em jeito de esplanada. estava lotada. Nessa praceta, uma banda fazia a sua música acompanhar o chá que cada um tomava. Era delicioso. O chá tinha outro sabor. Mas essa banda, onde tocavam violino, violão, etc... não estava só a animar, também queriam ganhar dinheiro com a venda dos seus cd's. As moedas no chapéu eram poucas, até que um dos músicos decide animar as coisas de outra forma, interage com o público, fá-lo apaixonar-se por ele ao ponto de ninguém lhe conseguir recusar um cd.
É essa magia que essa cidade tem, é a capacidade de nos fazer apaixonar por tudo, sem preconceito.

Um dia, num jantar ouvi uma pessoa falar sobre aquilo que na sua opinião fazia distinguir Paris e Londres. 
Paris, uma mulher vivida, com muitas histórias para contar, sabedoria, requinte, de lábios vermelhos...
Londres, uma teenager, com muita vida, energia, que procura aventura, cabelos pintados, coloridos e lábios pink...


Obrigada nica, pela viagem!

1 comentário:

  1. ah essa história do autocarro, que maravilha, eram mesmo uns senhores, viviam era um bocadinho mal, coitadinhos, ao lado do Harrods.

    vou-te visitando neste cantinho, a partir de hoje.

    beijinhos

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